O céu vermelho como a lã
ele mudou repentinamente
como sangue no fio da tecelã
que exercia a função sem arte
só pelo pão, roboticamente
O tempo também anda por um fio
antes tecia gravuras persas
adornava mulheres com sedas
agora é um amontoado de cobre
reduzido a cabos espessos ou finos
Difícil vida nesse emaranhado
cordas grossas que prendem navios
também amarram entendimentos
Linhas sonoras são ruidos
das correntes da geração do fim
com estrépitos sons metálicos
são frutos dos pensamentos ruins
A linha é fina que divide a alma
qualquer uma serve pra perder a calma
seja a linha do trem ou do Equador