Partida
Nesse mundo sem igual
A partida é vendaval,
Muda todo o rumo da vida
O saudosismo da data querida,
A união, tão preterida,
O mundo pós pandemia
Vira uma grande agonia...
Sou um estranho nesse planeta
Uma placenta pós nascimento,
Num contumaz desentendimento,
Olho o mundo sempre igual
Onde nada muda, voltando àquele Natal,
Retornando da sua viagem sem fim,
De novo reencontrando a mim,
Onde eu não quero o seu abraço,
-Não quero debaixo d'asas ficar!
A partida é muito mais do que a partida,
É a chegada da vez não esquecida,
Do mundo surreal,
De tudo que é igual!
É o início do fim
Retornando o alecrim,
Direito para mim,
Onde ponho-me de braços cruzados,
Esperando o crepúsculo d'outro dia
Somente aguardando o sorriso da alegria,
Nesse novo dia que não tem mais fim...
Marcelo de Oliveira Souza IwA