Sonetos : 

O ARÍETE E O BRASÃO

 
Tags:  SONETOS 2024  
 
O ARÍETE E O BRASÃO

À força de golpear, puseste abaixo
A porta almofadada de meu paço!
Após, vandalizaram todo o espaço:
Vitral em cacos; viga em desencaixo…

Eu cruzo o passadiço cabisbaixo,
N’um misto de vergonha e de cansaço.
Ao final, reaprumo o espinhaço
E contemplo ruínas de alto a baixo.

A um canto jaz o aríete que usastes
Tu e os teus contra mim, o temerário.
Junto de meu brasão deposto às hastes:

À máquina de guerra refratário,
O nobre escudo! Agora ferros-velhos…
Deixaste-me reinar, mas de joelhos.

Betim - 02 07 2024


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
14
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.