Poemas : 

Profano

 
Eu não vim ao mundo
Para escrever poemas dóceis 
Enquanto pessoas 
Sangram…

Se for preciso
Eu utilizo a tinta amarga do fel
Para redigir
Meu descontentamento.
Pois o meu próprio sangue 
Não tem a pureza da maldade.

Eu não profano teu corpo
Somente por um beijo roubado,
Mas retalho aos mil pedaços
Quando no frio,
Nego-lhe um abraço….

Não será preciso morrer 
Para entender tudo,
Porque cá estamos nós,
(Mortos) sem entender nada.

 
Autor
pauloroberto
 
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