Poemas : 

Vento (19ª Poesia de um Canalha)

 
Fervilha-me num peito estranho o corpo inteiro
De uma meia idade e finos retalhos de saudade
Cacos tristes de uma vida feliz por aí semeados
Ralham-me os gastos olhos num grito timoneiro
Que roubam no destino lágrimas da tua verdade
E mais dois como nós entre perdidos e achados

O mundo já não me enche as mãos como antes
Escrito aqui nas folhas que desnudavas de mim
Ainda sabia que a idade imperdoável se esquece
E este passado desenhado de histórias distantes
Que cantado recordas numas cantilenas sem fim
Pinto eu num breve olhar só porque me apetece

Fervilha-me num corpo estranho o peito inteiro
De uma saudade e finos retalhos de meia idade
O teu verso que recito em bom tom surdo e cego
E nesse horizonte onde quiseste chegar primeiro
Ninguém de igual cegueira te deu por humildade
Mãos que aqui me tocassem o amor que te nego


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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