Poemas : 

LEMISTE

 
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Ora, nem o andar solitário
é mais motivo para o verso.
Olhares mesmos que furtivos,
direcionavam uma atenção,
não se desviavam alheios;
aproximar-se daquele ser
de luz que preenchia o palco
nas memoráveis noites de
samba, poesia e boemia
preenchia de alegria a alma...
Abria o pano de fundo com
o seu inconfundível dom...
Cantar cada melodia sua!
Quando o cerrou pelo última
vez, foi como se a tristeza
vestida de um fino véu preto
permanecesse; indiferente...
Apenas um vulto a dobrar a
esquina é o que se tem dele...

 
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ZeSilveiraDoBrasil
 
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Enviado por Tópico
Beatrix
Publicado: 17/07/2024 18:22  Atualizado: 17/07/2024 18:22
Da casa!
Usuário desde: 23/05/2024
Localidade:
Mensagens: 337
 Re: LEMISTE / ZeSilveira
-

Olá, ZeSilveira.

O passado acaba. Passa por nós voando. É ele quem dobra a esquina, parecendo um vulto, com andar solitário. Sem motivo para verso.

Temos de ir nós buscá-lo. Não deixar fugir. No fundo, fazer de nós o nosso próprio palco e não deixar descer o pano.

Abraço.

Beatrix.


Enviado por Tópico
Yan_Booss
Publicado: 20/07/2024 16:17  Atualizado: 20/07/2024 16:17
Colaborador
Usuário desde: 26/08/2011
Localidade: Brasil-BR (Itinerante)
Mensagens: 522
 Re: LEMISTE
"Abria o pano de fundo com
o seu inconfundível dom..."

foi bom eu ter sido atraído pelo título, assim pude me jogar parar dentro do poema e viver/imaginar muitos dos momentos descritos nos versos. fui levantando lentamente o fino véu preto das palavras e descobri, talvez, as memórias do poeta. obrigado

Yan


Enviado por Tópico
Sergius Dizioli
Publicado: 26/08/2024 14:48  Atualizado: 26/08/2024 14:48
Administrador
Usuário desde: 14/08/2018
Localidade: काठमाडौं (Nepal)
Mensagens: 2241
 Re: LEMISTE
Meu caro, gosto da musicalidade intrínseca de teus poemas, mesmo quando não destinam a ser musicados. Quero crer que seja algo inato, assim como o sol sempre nasce mesmo quando o céu está coberto de nuvens.
Mas, me intrigou o título que é uma palavra sem classe gramatical definida, referindo-se precipuamente a 'paradoxo'.
Contudo o termo surge pela primeira vez num manuscrito antigo encontrado no século XIX na Escócia que fala de uma cidade perdida, um refúgio de poetas e artistas, onde se encontraria a verdadeira essência da humanidade.
Tendo lido teu poema, creio poder te afirmar que fica bem ao dobrar essa esquina que te referiste. Saudações.