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Rogério Beça | Publicado: 19/07/2024 16:24 Atualizado: 21/07/2024 09:23 |
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Re: maçaneta
Existe uma certa diferença na atribuição dos determinantes definidos e dos indefinidos.
Por exemplo: "O amanhã" é diferente de amanhã. O determinante, neste caso, torna-se sinónimo de futuro, na frase. E esta diferença captou-me, no início. "...a maçaneta..." não é "...uma..." qualquer. Ainda que essa "...uma"..., oferecida, seja "...linda e brilhante...". E, sim, com alguma facilidade, o contacto com objectos dessas características fazem com que eles mudem. Uma boa suposição que, por vezes, pode não ser pura verdade. Temos sempre planos B na vida, mais ou menos conscientes. A "...maçaneta..." é uma personagem recorrente em alguns textos deste autor. Vem, muitas vezes, associado aos conceito de arestas e cantos. Não podemos, como é claro, desassociar do conceito de porta. A brecha na barreira. O espaço físico de ligação entre dois que não estão interligados. O terreno que transforma uma ilha numa península. Mas assim como na divisão dos territórios muitas vezes se fazem aí, o mesmo acontece com a dita porta. A maçaneta é uma das regras. Ou seja, geralmente, onde há uma maçaneta, há uma fechadura (com ou sem chave). Sem maçanetas, é sinal de que não há a dita fechadura, além da dobradiça ter caraterísticas especiais. Permite uma espécie de basculação de 180 graus. Até o vento pode entrar, dependendo da força exercida. O desistir requer, muitas vezes, uma enorme carga de desilusão, outras é apenas sinal de maturidade. A "...porta solta..." é uma metáfora que vai sendo desvendada ao longo do texto. Em tons cinza. Surge, e é a "...liberdade...". O bem essencial e inicial de quase todas as coisas. Há de vários tipos, mas é como o ar ou o pão. Só sentimos falta, ou damos valor, quando não temos... Sobre se notar, ou não... Acho bastante discutível. Abraço |