Ruas tranquilas
neste domingo austero e burguês.
As missas aperaltadas
vão lavrando a fé
no terreno fértil do púlpito.
Nos cafés, galões torradas e sumos de laranja.
Na televisão uma gazela nas presas da leoa.
E os gritos das crianças, condenadas por geografia.
E a ilusão deste poema inócuo, na pena de uma bomba que se solta em nome do Senhor Deus.