Poemas : 

Palimpsesto

 
Tags:  luxúria  
 
A última tatuagem que me fizeram
tinha a tinta do teu sangue
na ponta do aparo

escrito a azul e preto, um soneto.

A pedra da calçada com que a apaguei
tinha crostas, rimas, e sotaque inglês.

Não há outra primeira vez.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

Este poema foi inspirado noutro, chamado Luxúria, de Beatrix Blue.
É a última palavra.
Recomendo a leitura.

https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=373497
 
Autor
Rogério Beça
 
Texto
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Enviado por Tópico
Absalao
Publicado: 16/07/2024 14:45  Atualizado: 16/07/2024 14:45
Da casa!
Usuário desde: 03/08/2013
Localidade: Moçambique, Maputo, Manhiça
Mensagens: 346
 Re: Palimpsesto
Belo poema. Gostei.

A primeira vez nunca se repete.

Enviado por Tópico
ZeSilveiraDoBrasil
Publicado: 16/07/2024 15:09  Atualizado: 16/07/2024 15:09
Administrador
Usuário desde: 22/11/2018
Localidade: RIO - Brasil
Mensagens: 2060
 Re: Palimpsesto
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...um poema de amor na ponta da pena!
.. irrazurável até se à lazer!


Meu abraço carioca