Poemas : 

A Carta que Nunca te Escrevi ou a Simples Confissão do Meu Maior Crime (Parte XXXVIII)

 
Embrulhei num ósculo mais um aperto de braços ao teu peito, e fui por aí contando a toda a gente que te tinha encontrado. Sem saber porquê esqueci-me do odor leve do teu perfume a flores selvagens, mas nunca do teu olhar que se foi perdendo constantemente entre nós dois. Voei sem rumo quando quis sonhar contigo, e depois connosco, com o teu olhar efémero no meu, também nosso.
A saudade era assim no tempo em que os jardins se cultivavam nas minhas mãos e floriam regados com as lágrimas que guardei de ti e para ti, aquele aperto de braços era cada vez mais forte e num grito contou-me todas as histórias que nunca tinha deixado partir. Foi ali que me deste as mãos pela última vez, num desejo.
A paisagem que, lenta, se ia deitando por detrás do por-do-sol, escurecia e de mim levava apenas uma sombra, não restava mais nada, tudo o mais era pó... e o dia que nunca mais acordava.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
Autor
Alemtagus
Autor
 
Texto
Data
Leituras
172
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
15 pontos
3
2
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 28/07/2024 02:11  Atualizado: 28/07/2024 02:11
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: A Carta que Nunca te Escrevi ou a Simples Confissão d...
Tantas imagens num zigue zague de beleza na luz do sol. O final você desmonta a alma da gente. Bjs

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 28/07/2024 02:11  Atualizado: 28/07/2024 02:11
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: A Carta que Nunca te Escrevi ou a Simples Confissão d...
Tantas imagens num zigue zague de beleza na luz do sol. O final você desmonta a alma da gente. Bjs