Poemas : 

carpideiras de sétimo dia

 
No circo a areia era grossa
o dono tinha um nome italiano
ao domingo.

Entre animais da selva de companhia
[muito domesticados]
havia

um rico e um pobre
de brilho de prata, mas sendo de aço,
papelão,
palhaço

dizendo graças e alegorias,
fazendo quedas, de faz-de-conta, no chão

e rir.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
Texto
Data
Leituras
119
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
15 pontos
1
3
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 12/07/2024 01:43  Atualizado: 12/07/2024 01:43
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: carpideiras de sétimo dia
Tão diagonal, visceral. Eu penso que nunca falta pipoca, para distrair o riso das coisas. Sempre gosto. Bjs