Poemas : 

carpideiras de sétimo dia

 
No circo a areia era grossa
o dono tinha um nome italiano
ao domingo.

Entre animais da selva de companhia
[muito domesticados]
havia

um rico e um pobre
de brilho de prata, mas sendo de aço,
papelão,
palhaço

dizendo graças e alegorias,
fazendo quedas, de faz-de-conta, no chão

e rir.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

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Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
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Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 12/07/2024 01:43  Atualizado: 12/07/2024 01:43
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Usuário desde: 25/01/2009
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 Re: carpideiras de sétimo dia
Tão diagonal, visceral. Eu penso que nunca falta pipoca, para distrair o riso das coisas. Sempre gosto. Bjs