Sonhei-te. Passava um pouco das cinco vértebras que usei para te beijar. Tinhas um colar de ostras pendurado no céu da tua pele, um olhar ledo que enchia o lago que vim a descobrir no sereno da tua boca.
Entre as mãos do desejo, havia um delicioso sol de outono, um copo do que te minto, bebido na beira de um rio, Lídia.
E por sobre as águas, vogando sem te perder, haveria de ser o tipo certo para o encontro das palavras, que em silêncios mordemos.
Sonho que te sonhei, faz agora cerca de um tempo de que já não me lembro.
Tenho apenas uma vaga cheia.