Um olhar que se foi, deixou saudade,
Luz suave que em meu peito arde,
Sombra de amor e doce realidade,
Memória viva que nunca se evade.
Nos olhos teus, encontrei a paz,
Reflexo de um mundo tão sublime,
Mas ao partir, levaste o que me traz
A alegria que em meu peito imprime.
Oh, doce olhar, por que te foste assim,
Deixando-me na dor do teu adeus?
Volta, ao menos, em sonhos, para mim.
E nas estrelas, busco a luz que é teu,
A chama eterna de um amor sem fim,
Saudade imensa que me conduz ao céu.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense