Intangível a dor imersa das correntes
Nelas se escondem mares e horizontes
Por fora dançam ritos de contentes
Por dentro choram como bicas de fontes
Corre no ar a nudez de mordazes espinhos
Deixados em leitos fúteis ventres de vidas
Nos céus os pardais fazendo seus ninhos
Silêncios que rodopiam de erosões perdidas
Olhar ténue repousando sombras obscuras
Onde o vulcão eclode e clareia o momento
Cuja lava faz despertar monções de ternuras
Desapertando seus laços, de sentimento
Palavras que voam em raios de luz
Como borboletas repletas de bela cor
Ao reino célico de estrelas as conduz
Onde soltam mananciais de puro amor
Neste pulsar de ânsias incontidas
Pirâmides que enfrentam vendavais
Nem o marulhar de ondas atrevidas
Arrancam seus barcos, do cais!
Alpha