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Rogério Beça | Publicado: 02/07/2024 10:10 Atualizado: 02/07/2024 10:12 |
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Contudo, é o não esquecer que é como a poesia uma faca de dois gumes, e afiados. Não nos esquecermos daquilo que nos fizeram que nos fez mal, ou dos erros que cometemos para os não voltar a repetir. Portanto não esquecer tem um lado significativamente positivo. O outro gume é parecido. Não esquecer, é uma oposição ao esquecimento, claro, e ao perdão. Essa oposição ao perdão foi o que me trouxe a um poema (que tive um orgulho enorme a que este que comento fosse comentário, ou, sei lá, inspiração). Será que o perdão é assim tão certo e definitivo? Tenho dúvidas. Quando é a doer, o que foi perdoado volta a lume, e volta a ser usado, quer seja para proteção, ou para agressão. Para os devidos efeitos, o de perdoar é menos eficaz do que o esquecer. Excepto a amnésia, ou a memória selectiva, ou os simples lapsos. Mas os Homens têm memória. Perdoam por defeito, ou para compensar. Melhor seria mesmo esquecer. Apagar o que aconteceu. Para isso seria necessário um milagre, se eles existissem. Abraço |