Poemas : 

Entre Parêntesis (15ª Poesia de um Canalha)

 
A lâmina aguçada do silêncio iguala a tua língua
Venenosa que me trata mal o ego solto por aqui
Num canto escondido na ignomínia do tempo só
Serpenteio entre os teus corpos a minha míngua
Que se devora lentamente no sonho que ali vivi
Dobrava os joelhos de tão submissa que dava dó

O pulha contorcia e apertava a carne ainda crua
O biltre rasgava as palavras por meio ao sentido
O calhorda chorava e ria em infâmia costumeira
O infame via-se herege aos olhos da turba nua
O patife furtava esquivo emoção ao ser perdido
O velhaco vendia o que escrevia por brincadeira

Poucos momentos restam a esta vida de canalha
O homem que esqueceu do tempo na ampulheta
Sem mais tempo, sem mar e alma, sem deserto
Que se estende em mãos pelo fio frio da navalha
Clemente que mente e sente a sua vida obsoleta
Por outro fim ali e assim cada vez mais desperto


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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