É hora de fundir novos punhais,
De afiar as ganas p'la pureza...
Que as placas que circundam a tristeza,
Não serão de mim égide, jamais!
É tempo de forjar a mor destreza,
A desbravar as águas p'los juncais,
Para secar o rio, desses ais,
E ser rio sem sal, nascente acesa!
Não hão de ver daqui uma vontade
A tilintar em mim, como cristais,
Não hão de ouvir da história uma verdade
Que não seja aqueloutra dos triunfais...
Um homem que matou (só!) a saudade,
Sem se afogar em si como os demais!
15-04-2024