O elevar de todos os sentidos dentro dos sonhos é uma jornada lenta, um caminho delicado a escrever a liberdade antes e depois do som abafado das multidões é como traçar linhas invisíveis entre o ruído e o silêncio, onde a alma encontra refúgio.
Um turbilhão de sensações envolve a pressa lenta de ser e existir, como uma dança no limiar entre o passado e o presente. Uma rosa branca ergue o seu caule, impondo a imponente vulnerabilidade das suas pétalas, cerrando os seus punhos de espinhos.
Anuncia-se a morte do exílio dentro de toda a sua existência, um renascimento silencioso onde cada espinho é um prenúncio da resistência da alma. As pétalas delicadas são como vestes que envolvem a fragilidade e a beleza da vida, num gesto de entrega e coragem.
Na serenidade da rosa branca, encontramos a beleza efêmera e a força tranquila que reside na aceitação plena de quem somos. É um convite para explorar os espaços entre o medo e a esperança, entre a partida e o retorno ao centro de nós mesmos.
No elevar de todos os desejos e na trajetória lenta do nosso caminho, encontramos a verdadeira essência da existência: a capacidade de florescer mesmo nos terrenos áridos da vida, anunciando o triunfo da vida sobre toda e qualquer adversidade.
Alice Vaz De Barros