Surungo*
Quando atravessa no meu peito essa saudade
E que me invade nos tempos que fui outrora
Lembro dos bailinhos da minha localidade
Que só acabavam quando a noite ia embora
Garotas lindas me arrastavam no surungo
No fim do mundo onde gemia um acordeão
É nestes bailes que às vezes até confundo
E a alegria que é misturada à minha solidão
E no fim do baile surgia atrás da aurora
O Sol nascente que eu não vejo mais agora
Lembrando disso eu só tenho a lamentar
Era como uma primavera tal quando flora
Mas esses tempos bons já foram se embora
E com certeza nunca mais vão retornar.
* baile.
jmd/Maringá, 27.06.24
verde
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