34- HISTÓRIAS DE MEU AVÔ RAIZ
Em julho de 1974 meu avô estava de férias na Uversidade Rural, assim como minhas tias avós, Gilda e Anamelia na ENCE. Resolveram, então alugar uma casinha no interior de Minas, alguém arrumou uma em Tombos. A tropa reunida para essa viagem, era composta de 21alunos, gente da Rural e da ENCE. Os que participaram , não esquecem daquela empreitada. A casa era de 1 quarto, imaginem, a dificuldade de acomodar essa turma...Mas tudo acabou dando certo. Meu avô lembrou que um dia, alguns do bando, cismaram de roubar umas espigas de milho, num milharal próximo da casa, foram pegos em flagrante e expulsos do local. Qual não foi a surpresa, quando apareceu na casa um rapaz com um saco de espigas de milho de presente para a turma, falando que se quisessem mais era só pedir, coisa impensável numa cidade grande. Meu avô, me contou morrendo de rir, que o amigo Nelson adorava gatos e que um gaiato da turma, que até hoje. não sabemos quem, imitava o miado de um gato embaixo da janela da sala, o Nelson corria para ver o animalzinho, mas o bichinho sumia, meu avô disse que pulou a janela atrás do gato e acabou torcendo o pé, teve que ir para o posto de saúde, para ser medicado. Dormia todo mundo embolado, tinha alguém do grupo, que adorava soltar peidos insuportáveis, depois descobrimos que era uma menina, confessou o delito... Alguém saiu com essa pérola- eu não sabia que mulher peidava! Um dia resolveram ir até Guaçuí, cidade próxima, foram todos na carroceria de um caminhão. Na volta, a noite, resolveram tomar um trem até Tombos, mas o mesmo só passava de manhã, tiveram que dormir na estação e passaram um frio danado, era inverno. Mas ninguém reclamou, o que valia era a farra. Repetiram, outras vezes esse fuzuê. Meu avô e sua turma não podem reclamar da vida, tem sido muito agradável a existência. Até hoje tem um amigo, o Rainho, que não desgruda de Tombos, mas todos, falam com saudade daqueles tempos.