Não entendo estes momentos
De tristezas e amarguras
Que povoam os pensamentos
Desta pobre criatura .
Passam dias, passa o tempo,
morrem sóis, nascem luas...
Só não passam os tormentos
Dentro desta mente escura.
Ninguém ouve meus lamentos
Este mal não busca cura
Deixo me levar os ventos
Para minha sepultura.
Ó, infância curta e pura!
Ó, amigos da partida!
Como a existência é dura!
Como é breve nossa vida!
Ontem as ilusões perdidas.
Hoje um choro escondido.
O futuro está falido
Sem festa de despedida.
Não desejo um abraço
Não perdoo inimigos
Minhas cinzas ao espaço
É meu último...pedido!
Gyl Ferrys