O perigo da desconfiança
Nunca está com todos os adultos
A grande maioria acreditam em sonhos
Em profecias de falsos profetas
E são conduzidos pelo desconhecido
Na busca irrefletida do conformismo.
Sou um tolo por acreditar
Que os seres humanos pudessem pensar
Que quisessem refletir sobre suas ações
Quando o que mais desejam é o conforto
A zona cinzenta da tranquilidade
Que não os deixam pensar sobre a vida.
Toda a existência perde o seu sentido
Assim que descobrimos a realidade
Que nada é como pensávamos na infância
Porque lá estavam todas as crianças perdidas
A diferença é que elas eram inocentes
E os adultos não podem ter essa desculpa.
Por que alguém triste deve se importar?
No topo de um edifício abandonado
Ou na penumbra de uma rua deserta
Alguém é sufocado por seus pensamentos ruins
Desejando que não exista um novo amanhecer
Para que seu sofrimento possa terminar.
O discurso do cara comum cai por terra
Com a existência infinita do novo dia
Com o brilhar do sol acontece o inevitável
O voo das borboletas em um jardim próximo
E ao abrir os olhos cansados da insônia
Há de enfrentar a longa jornada existencial.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense