Poemas : 

Da Ausência de Poesia (12ª Poesia de um Canalha)

 
O tempo já oco alastrou pelo meu pensamento
Neste eco seco e sem passados de nua vaidade
Dessa que embeleza a paixão e a nobre solidão
Que de língua afiada faz vento num corte lento
Noite e dia na tua saudade, minha desigualdade
Chove e só a fome não é mais que água ou pão

O tempo cheio de nada és tu que lês sentimento
Folha branca pintada a negro de breves palavras
Mentes que mentem como eu e letras sementes
Fonte a jorrar o desleixo do nosso esquecimento
Como uma nova ruína no chão pisado que lavras
Amanhã já ali vem sempre em ocasos diferentes


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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