As águas fustigantes do desespero alcançam os meus sentidos.
Desfaleço a cada nova manhã com pedras no peito me acusando, me inibindo, me aprisionando.
Percorro os meus sentimentos e procuro a força para navegar no oceano da ressurreição como forma de aprender a me libertar do pensamento vão.
Encontro pessoas no caminho que me fazem querer me afastar das muitas palavras e achar o silêncio no meio da cidade.
No deserto da jornada desmistifico os pensamentos que me querem desalinhar. Procuro um refúgio para me reencontrar com a liberdade e a vulnerabilidade.
A minha fragilidade leva-me ao cume da montanha, envolvendo-me em sentimentos e emoções que me fazem romper as amarras que se impõem ao meu espírito.
Repouso no não saber absolutamente nada. Apenas me acolho no vazio ilimitado que é o divino Ser.
Tento aquietar meus ímpetos para não perecer ante a ventania.
Fico a transbordar calmia no mais recôndito de mim.