Nunca te senti como gente
Apenas como fogo na mente
Ardor das palavras lançadas
Imagino-te como a terra quente
Essa que é tua nascente
E te rega de cores doiradas
Penso em ti como a seara
Com que o vento se depara
E quer abraçar com cortesia
Sentindo o relevo que ampara
Esses contornos de alma rara
A terra mais quente e macia
Imagino de ti sabores adocicados
Deixando os lábios insaciados
Buscando ao sol tanta inveja
Quão quentes são teus predicados
Quero-os em mim, denunciados
Porque é o sol quem mais te beija