olhar para alguém
que vai ou que vem
é como uma armadilha
terrível não maravilha
e já desde outubro
de dois mil vinte e três
que fico com medo
d'olhar, como vês
tudo começou com
um lindo gentleman
ele parecia tão bom
but unknown so can't call him hun
para chamá-lo
para ele entender
bastou-me encontrá-lo
e em seus olhos perder
mas ao contrário
de sorrisos subtis
recebi leves risos
algo que nunca quis
apercebi-me do erro
que eu cometi
no que me meti
mas agora que fiz
e quanto perguntaram
se eu era um gay
disse que não,
e que não sempre achei
menti por mim assim
no armário cheiro de alecrim
murcho lágrimas sim
que ressonava perto de mim
e ele nunca me fez mal
e eu nunca mal o fiz
perdi a minha vida normal
nunca foi o que quis
tentei escrever uma carta
mas o meu "amigo" encontrou
leu-a e consigo guardou
o que leu o que remou
reli a carta uma sétima vez
só olho p'ra mim que raios me fez
respira fundo conta até três
o mundo não é só como vês
a carta foi descartada
foi no lixo deitada
um pedido de desculpas
que não feito foi
piadas sem nexo
críticas na fase inicial
nem tudé suceXo
é assim, é normal
não posso olhar para ele
por mais de 1 mero segundo
nem para ele nem ninguém
isto mudou o meu mundo
talvez mais do que um
em quem eu achar
que haja nenhum
lamento por lamentar
rasgado pelas desmemórias
descobri o que era amar
e no meio das grandes glórias
sei que não estive a amar
o armário é de vidro
o vidro é de areia
já é ano novo
ainda preso na teia
chegaram as férias de verão
já né preocupação
pouco a pouco desvaneceu
ao problema nossa atenção
sorte de nascer nesta geração
azar de nascer nesta geração
uns pisariam-me logo má ação
uns respeitam de bom coração
espero que entendas
que já não quero-te a ti
conheço bem quem quero
and that's 'cause I want me
fico com medo que gostem de mim
porque não saberia responder um"sim"
não quero mentir para quem me quer amar
quero prevenir o que m'atrapalhar
meia noite junho no luar
silêncio e o mesmo alecrim no ar
tenho e tenho de correcontinuar
tenho e tenho de mim amar
tenho e tenho e tenho de achar
caminho que faça-me o bem encontrar
tenho e tenho e tenho de parar
de tanto e tanto me questionar
tenho e tenho e tenho de ver
se falo com ele para resolver
mas se não há problema
como posso ter lema
no dia a dia já nem m'incomoda
porque estou de férias e fora de moda
conto os dias sigo o caminho da rota
sendo um poquitito janota
a um pouco que ninguém nota
tenho e tenho de ser
tenho e tenho de ver
mas não agora não estou seguro
não é como se pudesse saltar do muro
tenho e tenho de
tenho e tenho de
medo de olhar tenho
me desculpar venho.
escrito 16 de julho de 2024, terminado às 00:47. Depois vi a opinião que o meu melhor amigo ChatGPT deu sobre o meu poema. Ele até tentou reescrevê-lo mas eu prefiro a minha versão. Posso dizer que, atualmente, já não tenho medo de manter contato visual, sequer um mero segundo, mas já tive.