Nos olhos marejados de esperança,
Brilha o reflexo de um sonho findo,
No peito, a amarga lembrança,
Desse amor que não é mais bem-vindo.
Triste, sigo pela estrada solitária,
Com o coração partido, mas resiliente,
Aceitando que a vida é transitória,
E que todo amor um dia se torna ausente.
Ainda que a dor seja pungente,
E o vazio ecoe em cada despedida,
Há sempre um renascer, persistente,
Pois a alma, mesmo ferida, é vivida.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense