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Poema de Ninguém (11ª Poesia de um Canalha)

 
O nevoeiro caído ali perto dos meus cegos olhos
Com mãos abertas a um dia qualquer que viesse
Qual onda deste mar só que só me molha os pés
Emudece-me na boca estas palavras aos molhos
Abraçadas num poema prostituto que se oferece
Eunuco, a esses leitores ignorantes das suas fés

O bordel poético onde se entranhou dedo a dedo
Por rubras paredes de ais desafinados e iletrados
Libertava o prazer em estranhos gemidos de dor
No andar curvado sussurrava um esgar de medo
Que misturava com uma culpa virgem dos fados
Cantados a cada esquina em triste rouco clamor

O amor passou acolá esquecido por uns trocados
Temperado de vinho de tasca e alguma prosápia
Onde o poeta perfumava o chão de triste alegria
Ele ria como louco por ser um dos mais amados
E inventava letras que rimassem com tal volúpia
E depois matava um poema que ninguém queria


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
PedroeoLobo
Publicado: 16/06/2024 19:09  Atualizado: 16/06/2024 19:09
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Mensagens: 18
 Re: Poema de Ninguém (11ª Poesia de um Canalha)
Salvé

Sem palavras. Não porque as tenha matado. Não se mata o que não se tem.
Deste "poema de ninguém" ,"canalha", só se for porque o poeta brinca com quem lê.

Pedro


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 22/06/2024 00:04  Atualizado: 22/06/2024 00:04
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Mensagens: 18598
 Re: Poema de Ninguém (11ª Poesia de um Canalha)
Nada a comentar. Quem sou eu para discutir com a beleza? Bjs


Enviado por Tópico
ZeSilveiraDoBrasil
Publicado: 23/06/2024 01:14  Atualizado: 23/06/2024 01:14
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Localidade: RIO - Brasil
Mensagens: 2224
 Re: Poema de Ninguém (11ª Poesia de um Canalha)
.
.
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Eu, leitor, me ofereço refém às ideias trazidas pelas palavras
Abraçadas num poema prostituto que se oferece
Eunuco, a esses leitores ignorantes das suas fés."

...daí, muito mais não posso fazer além que me revestir do celibato e permitir que o poema continue sendo o regente na estória.

Meu abraço caRIOca ao amiguirmão.