O que saberás tu da suave melodia que me invade, do eco que me chama, num convite a escutar o sopro quente da voz mansa e humilde que me direciona?
Ouço o som ousado e fresco da água cair do trono em cascata, como se as arestas das pedras fossem limadas no seu suave bater, assim, no compasso lento do vento que sopra dentro dos instantes.
Não, não te rendas, escuta, escuta os sussurros inexprimíveis que batem de mansinho à porta da alma e deixa entrar o vento impetuoso do espírito como chama ardente, a queimar o incenso no altar.
Deixa que um louvor se desprenda do teu espírito e canta, canta como se as palavras num perfume floral deixassem a sua fragrância inebriar todo o espaço.
E quando sentires o caminho, sente que és bem aventurado/a, abre a carta de alforria da alegria e mesmo que te doa a alma, sente um hino de gratidão invadir o pensamento e deixa o coração transbordar de contentamento.
Alice Vaz de Barros
Alice Vaz De Barros
Mais textos
Rss do autor
Estatísticas
Enviar
Imprimir
Criar um pdf
