Os que contam histórias Tenho que confessar que às vezes tento fugir
Esquivar-me de sentar onde estou e alar-me
De uma certa forma estar aqui me consome
Ao mesmo tempo me fortifica como um elixir
Tento fingir que não ouço mas a noite chama
Mais ainda reclama minha presença bem longe
De tudo e de todos me afasta de qualquer fama
Por favor não passo nem perto de ser um monge
Há um fogo que mantém meu sangue circulando
Fraquezas que fazem deste corpo minha solidão
E é a proximidade do mar das ondas passando
Por meus pés que me mantém preso a este chão
Não sei se alguém entenderia que tenho a obrigação
De estar aqui sentar-me alar-me voar pela liberdade
De um dia apenas não ouvir mas tenho sim satisfação
Em poder contar histórias que não sei se são verdades
Mas acredito...
Que eu possa continuar servindo, Deus abençoe
Carlos Correa