à sua passagem
o mundo é desordem
e infinito
porque tem o hábito
de tudo guardar quanto foi doado
à morte e ao silêncio
que até poderia ser poesia
malgrado o porte solene
de quem torna a casa
e sublinha
todos os cadernos
de gavetas mal fechadas e
mal termina encontra
o sol a invadir os ecos
do piano
e as cinzas do último cigarro
ainda a fumegar