Cada caminho trilhado é uma incógnita
Um mistério em cada esquina
E ninguém sabe o que irá acontecer
No amanhã que pode nem surgir
Se você não abrir os seus olhos
Quando os primeiros raios de sol
Bater na janela ao lado.
Há um grupo de pessoas que vivem alheias
Zombam de qualquer coisa que veem
Sem saber que tudo não passa de ilusão
De sonhos desfeitos nas frias madrugadas
Quando muitos não conseguem dormir
Porque são atormentados por pesadelos
Que perturbam as mentes ociosas.
Nos caminhos tortuosos de inverdades
Alguns são presas muito fáceis
Enquanto outros dão esperança
De que podem resistir muito mais tempo
Mas tenho minhas dúvidas em relação a isso
Porque ninguém consegue prever o futuro
E não sabem o que tem depois daquela esquina.
Enquanto isso os vermes continuam
Eles insistem em ocupar os espaços públicos
Os sanguessugas sem sentimentos
Os mesmos que se dizem humanos
Mas que não sabem o que é humanidade
Que preferem ver o sangue escorrer
Pelas veias feridas do tempo.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense