Eis a flor lúgubre
Plantada no vão dos sonhos
Espreita a luz que não surge
Na noite dos dias
Ei-la prostrada
Ao fundo do fundo
No abismo do verniz estalado
No olhar que se perde
Sem carta de retorno
Ei-la chorando as folhas
De um livro nunca escrito
Além do prelúdio
Morre a assinatura
Flor sem fonte na raíz
Com sal à sombra dos olhos
Regando os pés