assim não tens razão...
somos todos frutos de enviesada ficção que entre uns e outros vamos errando...
amo essa legião de coxos que pega na pena de pavão...
ou odeio...
e se mentir é errar duas vezes
seja tudo a dobrar...
ou atirar a verdade (doce ilusão) à cara e ferir,
acrescer uma mágoa, a bem dela...
que honra
dignidade sem idade,
correcção...
mas nas histórias reais, há mais mentira no topo e verdades no fundo...
reza para que o inferno não seja só este, aqui.
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.
Texto inspirado no poema de ruacuzuaco, "o silêncio da pobreza alegre".
Foi o primeiro de dois comentário.