Sigo por caminhos estranhos
E não sei bem onde estão os meus pés
Caminhos desconhecidos
São trilhados por quem deseja algo maior
Que quer sair do mesmo lugar
Em busca do desconhecido.
Pode parecer estranho até
Mas nunca estamos no mesmo caminho
Os passos que damos hoje
Nunca foram dados em outros momentos
E jamais serão repetidos outra vez
Então, por que temos medo?
Olhe para as estrelas e veja
Em algum lugar do planeta
Alguém também olha na mesma direção
Mas você nunca saberá quem é
Porque estamos presos em um redoma de vidro
E não enxergamos além dos nossos narizes.
Pode até discordar de mim
Mas não pode negar o fato explícito
De que não sabemos muita coisa
Que o universo é um mistério para nós
Um eterno desconhecido de nossa memória
Porque estamos destinados a essa limitação.
O que pode nos salvar dessa maldita rotina
É o fato de podermos voar na imaginação
Romper com a aurora da vida
Trilhar caminhos antes desconhecidos
Em direção ao conhecimento do mundo
Porque somos livres para buscar a sabedoria.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense