Poemas : 

Mistério À Meia-Noite

 
Me lembro do tempo passado
Dezembro em pleno verão
Janela abri do meu quarto
Quando eu percebi a visão.

A noite dormia lá fora.
Nenhuma sombra de brisa
A lua estava escondida
Por trás de nuvens pavorosas.

A noite era meia, uma hora
Quando ela surgiu bem vestida.
Não era humana na forma
Estava, porém, bem vestida

De um branco que feria às vistas
Coriscos cortando o espaço
Senti arrepio na espinha
Quando caminhou para ao lado.

Cai de joelhos no chão
Os olhos em lágrimas a rolar
Então eu juntei minhas mãos
E eu comecei a rezar.

Figura era feminina
Os olhos ebúrneos brilhantes
A pálida tez defuntina
Com negras unhas gigantes .


Confesso contive o meu grito.
Meus nervos de aço em calma
Quando percebi minha alma
Deixando meu corpo em espírito.

E o medo que eu tinha embora.
Desci pelo espaço voando
Estava mais perto a aurora
Quando nós nos aproximamos.

O tempo parou neste instante
Cruzamos os dedos das mãos
Lembrei-me da assombração
Um dia ela foi minha amante.

Beijou os meus lábios sedentos
Um gosto de sangue na boca
Senti naquele momento
As unhas cravadas em peito
Rasgando a textura da roupa.

Soltei um urro cortante
Quando despertei em meu leito
Meu corpo todo suado
Ufa! Só mais um pesadelo!!







Gyl Ferrys

 
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Gyl
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