Chegou o Amor sorrindo em minha casa.
Corri e abri as portas a recebê-lo.
Abri os olhos vivos para vê -lo
Usei dos meus perfumes, sais e mágicas.
Chegou raiando sóis na minha vida.
Vulcão em refrigério ardia em mim.
Foi sendo luz da noite, sol sem fim.
Sumiu a tempestade enfurecida.
Chegou devagarinho e sorrateiro
Trazendo nas mãozinhas uma flor
Se apresentando a mim : “Eu sou o Amor.
Menino sou levado e nem brejeiro".
E não é que era mesmo ele um menino
Ohos vendados, corpinho pelado?
Me perco no fato e penso comigo:
Se pequeno assim já fez tal estrago,
Levando-me às alturas, me arrebatando,
Eu fico pensando tamanho do dano
quando o menino estiver já crescido.
Mesmo aceso o sol, em mim, luzidio,
Me fez o menino uma grande maldade
Pois mal ele veio, logo foi partindo
Me dando e furtando a felicidade;
Foi quando, te tendo, Não estava... Comigo!.
Gyl Ferrys