Me apoderei daquilo que era teu.
Quebrei correntes frágeis, invisíveis.
Nas intempéries ri do desagrado
Corroendo o teu caco indivisível.
Derradeiras primeiras noites eram
Supremas, soberanas superfícies
Espetáculos rasos, infelizes.
Dormência doentia de um dia
Que um dia foi prefácio de algum livro.
As planilhas refiz com alegria.
Fixaram retinas pelos vidros.
Homens fúteis caíram das alturas .
O vento sonolento adormecia.
Ontem eu fiz um poema fictício.
As letras adormeceram minhas mãos.
O ritmo beirava ao precipício:
Ócio do hospício da razão.
Claro que eu aproveitei o propício.
Sou ilha em mar aberto da ilusão.
Corpo que quebra a regra, opinião.
Nada pretendo tendo outro ofício
Decifra-me que, juro, te devoro.
Jamais ouse saber o que não sou.
Não tente interpretar insanos sonos
De quem permite entrar dentro dos olhos.
É só um exercício meio físico.
Não existe intenção sem a semente.
Foi hoje que acordei um pouco triste.
Pois sinto mais distante... O sol nascente!
Gyl Ferrys