Poemas : 

Ainda os Pássaros Voavam (7ª Poesia de um Canalha)

 
Julgas que não sei ler o tamanho dos teus gritos
Estridentes ecos dessa loucura escrita em branco
E o azul do céu a trespassar-te o peito que abres
Que não digo quanto devo por te saciar os mitos
Urbanos de olhos fechados na vida só que tranco
Portas e almas do corpo fatiado por esses sabres

O teu tempo é o outro que não me traz o inferno
Do dia a dia a consumir o chão doente que olhei
Para ti como se foras de mais alguém outra vida
Alheia ao acaso de ter sido filho do lado materno
Seio que me deu num aconchego mãe que amei
Tanto o momento onde a coragem foi esquecida

Serve-te destas mãos que se escrevem absurdas
As palavras perfiladas em direcção a um abismo
Que se precipita depois da forca sem mais nada
Por esse mar fora em segredos de gentes surdas
Notas de pauta enroladas num breve eufemismo
Barato que contorce a nossa língua assassinada


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
HorrorisCausa
Publicado: 01/06/2024 06:16  Atualizado: 01/06/2024 06:16
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 Re: Ainda os Pássaros Voavam (7ª Poesia de um Canalha)/ Alemtagus
olá Alemtagus

qual é o tipo de homicídio?

atenciosamente
HC


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 05/06/2024 02:25  Atualizado: 05/06/2024 02:25
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 Re: Ainda os Pássaros Voavam (7ª Poesia de um Canalha)
Forte. Vou escolher meu homicídio. Mas a palavra será branca. Bjs


Enviado por Tópico
Benjamin Pó
Publicado: 12/06/2024 14:57  Atualizado: 12/06/2024 14:59
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Mensagens: 464
 Re: 7ª Poesia de um Canalha p/ Alemtagus
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Comentário no Espaço Crítico.