Poemas : 

Icterícia patrícia

 
Afinal a bilirrubina
era
o menor mal.

Antecorante, a cor retinta roubara o azul ao verde…

E a andar por aí, ela se perde;
de maus fígados e um pé atrás
era um ás.

Cada fobia ia
de boca a boca, de mão em mão
e não se sabia pouca.

E, afinal,
aquela era uma amarela desigual
tão torrada,

delírum tremens de pintor.

E
nada.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
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