Poemas : 

Icterícia patrícia

 
Afinal a bilirrubina
era
o menor mal.

Antecorante, a cor retinta roubara o azul ao verde…

E a andar por aí, ela se perde;
de maus fígados e um pé atrás
era um ás.

Cada fobia ia
de boca a boca, de mão em mão
e não se sabia pouca.

E, afinal,
aquela era uma amarela desigual
tão torrada,

delírum tremens de pintor.

E
nada.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
Texto
Data
Leituras
198
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.