Afinal a bilirrubina
era
o menor mal.
Antecorante, a cor retinta roubara o azul ao verde…
E a andar por aí, ela se perde;
de maus fígados e um pé atrás
era um ás.
Cada fobia ia
de boca a boca, de mão em mão
e não se sabia pouca.
E, afinal,
aquela era uma amarela desigual
tão torrada,
delírum tremens de pintor.
E
nada.
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.