Eu sou apenas um estranho na noite
Preso a uma canção triste ao seu blues
Distante das lições de todo esse disparate
Tentando buscar o fio delicado de seus truques
O Ruby de meu whiskey lembra seu cabelo escarlate
Confesso meus pecados ao barman que me absolve
Servindo uma última rodada antes que seu olhar me mate
Ou me arraste sem saída em meio a fumaça que me envolve
Não resisto ao fogo e subo ao palco alcanço a guitarra
E faço da sua voz borrada de batom versos em notas
Dispersas em cinzas ardentes levando-me à Navarra
Onde um dia fiz de seu feitiço uma pira e hoje você volta
Permita-me que eu termine este blues que me consome
Que sorva as doses do Bourbon minha testemunha diária
Da lembrança de meus pecados de quando fui seu homem
Veja me arder de desejo enquanto queima minha alma solitária
Deus perdoe as escolhas erradas de cada um
Carlos Correa