Resvala o descansado; em trono gasto;
Desvirginado em fios e conexões,
De coroa achatada co'orelhões
E uma haste de voz para repasto...
Lampeja o alapado dos galões,
No trono do decreto, indo d'arrasto,
Com coroa imunda, sem alabastro,
A ditar leis, demandas e ilusões...
Ressona o sentado, nos caminhos,
De coroa escondida, com espinhos,
Será vivo? - Mais parece não doer...!
E aqui, também sentado, vejo tudo
E a coroa que me cabe é de mudo
com caneta e papel... quem me vai ler?
22-05-2024