As armas não servem a mim

7. Reduções ao Mínimo Múltiplo Comum


Os voos rasam perto a cidade,
cresce o ódio em cada esquina,
cresce tanto que se o imagina,
os voos voam sem velocidade.

O silêncio entra e tudo invade,
reduz a esperança já pequenina;
não há música, risos de menina,
o ar, o sol, têm ar de grade.

O passo que conheço, é o fantasma,
ou o tambor poluto da explosão
(não tenho memória do meu meio).

Respiro, entre ataques de asma,
sem os meus momentos de inspiração.
Expiro este ar que tanto odeio.


de cheiramázedo

in Dez Sonetos da Guerra na Crimeia

magnoerreiraal, bela introspecção poética, nos verso você discorre bem uma das questões em nosso mundo atual, as armas não estão nas mãos de cristão, até podem ser de cristão, mas não de Cristo, que nunca defendeu armas físicas, mas armas espirituais. abraço.