Poemas : 

Borboletas azuis

 
 
Eu caminhava na noite agasalhada
E enquanto o frio me trazia agonia
Ela me acolhia em sua madrugada
Envolvia me em seus abraços até o dia

Nesse pedaço poético do tempo
Eu ouço o eco de minhas aflições
Talvez confundam este tormento
Com fantasmas ou ainda aparições

A verdade é que a noite sabe quem são
Os sonhadores que ainda escrevem cartas
Poetas trovadores boêmios aqueles que não
Dormem os que serão sempre apenas lagartas

O voo das borboletas azuis são versos que pertencem
Aos que aprenderam os que encontraram o equilíbrio
Entre as assombrações e a verdade do dia eles entendem
O que está escrito em seus corações e ocuparam seus vazios

Enquanto isso eu escrevo cartas...
Até o dia em que escreverei os versos azuis de uma borboleta

Deus abençoe as lagartas
Carlos Correa



 
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CarlosCorrea
 
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