[A floresta]
Para dentro da floresta
Respire pureza no reino das árvores.
Rotina atemporal
De nada vale mentir sobre as folhas
Vaidade se curva diante do espelho astral.
Solo abundante
Fervilha a vida
Estranha vida, aos olhos
De quem a via descolorida.
Maestro vento, orquestra
O som da floresta
Seres rastejantes, criaturas da noite
Saúdam a lua em festa.
Veja na escuridão,
Ouça no clarão
A floresta decantar
Sua nobre canção.
Beba do rio que acolhe suas lágrimas
Torrentes que lavam o medo.
Estranho sabor que apraz,
Lustrando a face da paz.