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Enviado por | Tópico |
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Vania Lopez | Publicado: 16/05/2024 00:18 Atualizado: 16/05/2024 00:18 |
Membro de honra
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Re: Segundo sem estribilho
Tantos significados, um leque diagonal. Intrigante e instigante. Se gostei?! Bjs
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Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 22/05/2024 07:12 Atualizado: 23/05/2024 08:47 |
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Re: Segundo sem estribilho
O arredondado, numa das faces, é o que há em comum entre um cilindro e uma esfera.
Para um Esférico, um Cilíndrico deve de fazer um bocado de confusão. É um parente limitado. Geometricamente falando, a esfera tem um número infinito de faces (como o círculo tem um número infinito de lados). Ao cilindro foi retirada essa hipótese, porque ao serem-lhe acrescentada duas faces planas, o mesmo ficou com três. Também podemos arriscar, e dizer que a esfera tem só uma, mas é o que eu chamo, pensar pequenino. A perfeição obtida na esfera, ou na circunferência, é evidente também quanto ao número de ângulos. O triângulo, e o tri não engana, tem três. Quanto ao pensar, o Esférico tem todos. Se pensarmos pequenino, não tem qualquer um. Se bem que, até na geometria, aplicada aos pontos de vista (ou ângulos, se quisermos), há algo de errado se tentarmos fabricar, ou ter, um apenas. Até com dois lados, uma figura geométrica é uma linha não fechada, com apenas um ângulo. Incompleta. Uma roda é um cilindro. O Homem, quando inventou a roda e a escravizou, teve um passo evolutivo imenso, uma arma de arremesso, quase tão imponente quanto o domínio do fogo. Em vez de arrastar e acartar, começou a rodar. Rodar é também um verbo que traz muitas hipóteses, mas tem sempre uma sensação versátil. Andar com a cabeça à roda, ou seja, ao cilindro, é um sinónimo de confusão, alegria, tontura, êxtase... Perigoso. No começo do teu texto, a primeira frase aborda o sufoco. Ora, porque, quer por dentro, quer por fora, é limitado. Se pensarmos nos ratitos dentro daqueles instrumentos de corrida, em que não param de se exercitar sem sair do lugar, parece ser quase castigo. Num local de atrito zero o cilindro, andaria sem oposição, mas duma forma limitada: para a frente, ou para trás. Compreendo a monotonia da frase seguinte. Um tom apenas. Pobres cobaias. Ser multiforme, ou não-uniforme tem apelo, certo. Não compreendo, também eu, qual a graça de nos copiarmos até ao infinito, a média, a moda, os múltiplos dos outros. Na terceira frase (consegues ter mais poesia em certas frases do que alguns em muitos versos) a força é por vezes um pior necessário (a Almamater que me perdoe não a citar). A circularidade, sendo o círculo um dos planos do cilindro, é também uma hipótese complexa. Mas há uma bendita presunção no teu texto, que tens mostrado com invejável consistência, a imaginação. Arestas também não te tocam. Geralmente, alguém fica magoado. Espero que o espaço para a tua maçaneta apareça. Gostava que fosse por aqui. Obrigado por mais um texto que me compele ao comentário... Abraço |