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3ª Poesia de um Canalha

 
Sou a sinopse da perfeição, mão cheia de tudo
A cor que se esbate na paisagem única, beleza
Vil dúvida dos olhos de alguém que me imagina
Estigma que assina e esquece o meu ser mudo
Luzente estrela descrente que se faz incerteza
Vulcão a expelir a lava deste grito em surdina

Crença, arauto de um salto impossível alcançado
Que te aponta o dedo por culpa indecente, medo
Que se esvai pelo corpo ensanguentado, perdido
No infinito sem horizonte onde foste desgraçado
O morto colado ao gume da espada em degredo
Atrás destas grades, preso num olhar escondido

Dizes que sou incapaz de ser tão capaz como tu
Inglório soldado desta batalha que destrói o ser
Cor sem nexo em que me acusas de ignorância
Maquiavel pútrido que conspurcas este sonho nu
Como veio ao mundo sem a maldade lhe morrer
O poema incógnito que te escrevo por elegância



A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 11/05/2024 17:58  Atualizado: 11/05/2024 17:58
Usuário desde: 06/11/2007
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Mensagens: 2048
 Re: 3ª Poesia de um Canalha
E a elegância inveja-te irmão...

Vens bem, vens...

está mal fugires tanto tempo...

Abraço


Enviado por Tópico
MarySSantos
Publicado: 12/05/2024 23:46  Atualizado: 12/05/2024 23:46
Usuário desde: 06/06/2012
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Mensagens: 5791
 Re: 3ª Poesia de um Canalha / Alemtagus
Realmente o poema inteiro é um "vulcão expelindo a lava de um grito" que saiu da surdina porque a poesia tem disso: escancara-se e, quando chega assim, neste patamar tão elegante...

arrebata.

Gostei imenso

Bom fim de domingo

Abraço


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 16/05/2024 23:01  Atualizado: 16/05/2024 23:01
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18355
 Re: 3ª Poesia de um Canalha
Todas as entrelinhas gritam explodem o vulcão das palavras. O final é elegante demais. Bjs