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Soneto do Corno

 
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Soneto do Corno

Há magoas que eu trago dentro de um vidro
como um doce perfume que eu respiro
quando penso em meu amor incontido
por esta mulher de coração de vampiro

Que tolhe inconsequente este amor combalido
de tanto levar pauladas e até mesmo tiros
se esfrega no professor de yoga e no de hidro
a mulher não é fogo é vulcão e eu sigo ferido

Mais cedo ou tarde vai acabar caindo a ficha
estou chegando ao limite e me sinto fustigado
vou acabar bebendo agua vermelha de salsicha

Que eu posso fazer se por ela eu sou tarado
nas mãos dela sou um tal de puxa e espicha
coleciono mais chifres que um rebanho de gado

Alexandre Montalvan

 
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montalvan
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