Andava sem prestar muita atenção
Pensava e tinha um que de nostalgia
Estava longe perdido ali no coração
Lembranças de quando tinha ousadia
E uma folha caiu suave pousou no chão
Eu mudei deixei por aí me escondi na noite
Me tornei sério algo como sal de rabugice
Mas eu sei o que marcou e o que era enfeite
Talvez seja uma teimosia em aceitar a velhice
Não consigo dominar essa minha vontade de querer
De acreditar que sou ainda algo mais que já passou
Vivo por um amor de primavera de te ver renascer
A cada dia ao meu lado como uma flor que desabrochou
Olhei para trás ao chão e acolhi aquela folha
Guardei meus outonos aqui nesta minha poesia
Sei que a vida é feita de nossas diversas escolhas
E escolhi você para ser o sol que ilumina meu dia
Deus abençoe as folhas que nos inspiram
Carlos Correa