Nós somos pedaços de poeira,
Força da terra magnética, aspecto inexplicável de permanência.
Somos queda, tranças das cachoeiras que beijam o chão, escorrem e formam rios.
Somos o vento, a imprudência e ousadia de sentir , se estender por todos os lados.
O fio, o ferro, a veia, tudo que encandeia e é quente, é nosso, sem saber onde começa ou termina.
A sua fala me abraça, de todos os timbres, o seu. Sua voz, sua fuga, seu canto. Feito um pássaro que pousa, ora nos meus ouvidos ora no meu peito. O meu amor alterna, entre a certeza branda de tê-la e a agonia de tê-la que aguardar.
Somos uma música melosa, provocante, culta e muitas vezes estridente. A fome, o saciar e a lógica.
Você é esse lugar que tenho sem a muito tê-lo visitado.